sábado, 23 de abril de 2016

Apenas palavras

Eu não creio que tenha sido em vão
Toda cor borrada na tela da emoção
O momento jaz cristalizado no ônix da razão
Pedra negra que não pulsa como coração

Cada instante da vida uma eternidade
É assim que a entendo no avanço da idade
Queria eu estar na distante cidade
Sonhos de um homem a perder a mocidade

E no passar absoluto do tempo
Cenas, momentos e encanto voam no vento
Em meio a essa entropia eu me reinvento
Pois tudo na vida teve seu momento

Palavras concatenadas
Vidas conectadas
Almas atadas
E as faces inabaladas

terça-feira, 12 de abril de 2016

No transe da rotina

Sinto vontade de ir embora
O momento seria agora
Pois a oportunidade não tem hora
Já dizia a velha senhora

Caprichos que a vida ensina
Não são mais que rotina
De uma vida em sina
Onde afinal tudo termina

O amor de um homem comum
Está em lugar nenhum
Sobremodo oculto no horror
De seu sombrio interior

Por isso mesmo que apenas caminho
Sem muito pensar nas minhas vontades
Importa que se possa voltar ao ninho
Sem questionar as perenes verdades