Sentado às margens da baía
Está um homem que há tempos cria
Hoje, não mais que nostalgia,
Restou-lhe pouco da alegria
Das antigas notas daquela harmonia
A impressionante energia
Que da natureza emergia
Não mais entra em sua sintonia
Visto que há muito não trazia
Os ventos que sopravam em melodia
Aquilo que antes acreditou
Hoje infelizmente relativizou
Conhecimento pelo caminho acumulou
Um muro ao final criou
Quando então por cima dele pulou
Encontrou o mesmo mar
Aquele no qual não queria mais nadar
E assim os dias hão de passar
Refletindo sobre onde irá chegar
Quando sua vida enfim cessar