quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Turbilhão

Em um minuto tudo acontece
Em um minuto tudo desaparece
Em um minuto a alma enobrece
Em um minuto a alma entristece

Dia a dia visto minha fantasia
Passo o nictêmero em euforia...
Grande era minha alegria
Enquanto a tenra idade nada me dizia

Mas isso não é ruim
Tão somente aponta a estrada sem fim
Onde o andarilho, espelho de mim
Não quer mais ficar assim

A majestosa sensibilidade 
Não se sujeita à determinada idade
Aquiesce ao coração que jaz na calamidade
Que a miserável razão impõe com disciplinaridade

Cruz e Souza tinha razão
Feliz aquele que vive a paixão
Antes que pare o coração
E o corpo repouse eternamente no caixão

A história parece triste
Mas sei que ao fim me assiste
A presença visceral da mulher que disse: caíste!
Porém, levanta-te, pois, o amor existe!

Uma preocupação...ou declaração

Procuro por um furo
Que me leve do hoje ao futuro
Uma janela do tempo
A transportar-me pelo vento

Faço de mim aquilo que não sou
E aos outros minha essência eu dou
Sou um boneco sem vida
Que busca no seio da mulher sua guarida

Ela sabe que eu sou assim
E preciso dela perto de mim
Quero sentir o cheiro do jasmim
Antes que seja tarde e chegue o fim

Meus dias estão passando
E eu continuo amando
Pacientemente fico esperando
Tal como a pedra que não fica lamentando