Uma das perguntas mais inquietantes que nos persegue é: o que torna o homem feliz?
O que acontece dentro da mente que faz com que sintamos a sensação de felicidade? Existem muitos pontos a serem abordados na tentativa de chagar a uma resposta, mas dois deles são mais evidentes para mim.
Um é o fato de que temos uma rotina de vida e dentro dessa rotina, além de nossos necessários afazeres para manter a vida do jeito que escolhemos viver, tentamos desesperadamente produzir uma pseudo-felicidade, seja ela comprando algo de que geralmente não precisamos, seja um momento descontraído após o trabalho com os amigos num bar da esquina, seja uma janta preparada com todo carinho pela mulher ou pelo marido na hora de chegar em casa, seja o momento de se estar com os filhos ou com os animais de estimação... São muitas as situações que podemos elaborar para atrair a felicidade para perto de nós.
Outro ponto é quando você está absolutamente só, sem nenhum compromisso com a rotina diária e aqui é que temos uma questão importante, ou seja, como construir a felicidade a partir do momento insólito em que não há interferência externa, tão somente de você com você mesmo.
Quando penso nesse aspecto, a primeira coisa que me vem à mente é que devo voltar para a rotina, para a pseudo-felicidade que bem sabemos construir. Mas isso não responde à pergunta da felicidade do solitário.
Quando se está só e pensando em estar bem, em estar feliz, automaticamente começamos a conversar conosco e, quando nos damos por conta, estamos nos questionando se é normal ou se já é loucura tal atitude. Devemos evitar pensar sobre isso para não pensar que se está louco? A via alternativa inevitavelmente leva-me para fora da compreensão dita normal, leva-me para o sobrenatural. Então me pergunto: estou falando comigo mesmo ou estou falando com um ser que existe fora de mim? Se estou falando comigo mesmo não há motivos para maiores questionamentos, pois para resolver esse problema é só voltar à rotina que tudo fica bem, ao menos bem normal. Mas, se falo com alguém que julgo ser superior a mim, que julgo ser um como eu na forma de pensar mas sobremodo melhor e idealizador de minha mente, qual a resposta para a busca da felicidade?
O que é a vida desde o nascimento até a morte por causas "naturais" aos 80, 90 anos? Seria uma morte natural se eu desejasse morrer, mas geralmente isso não é verdadeiro. Por que o mundo permanece e eu vou embora, volto à terra e da terra surge outro ser? Sim, pois tudo o que existe nesse mundo teve um início e esse início está diretamente relacionado com o planeta, com a terra que sustém a vida dos seres. Não vou questionar a origem das coisas, estou apenas tentando entender como é possível existir felicidade sem nenhuma interferência das coisas desse mundo. Voltar-se para dentro de si mesmo numa jornada de autoconhecimento talvez possa responder à questão. Se eu digo que Deus é produto de minha mente na tentativa de tornar claro os fatos obscuros e enigmas dessa vida, o que devo dizer do intelecto humano que avança em proporções exponenciais? Quem é o guia disso tudo? Se julgo ser a ciência a grande norteadora do progresso e avanço da sociedade, no que efetivamente estou repousando minhas angústias, minhas inquietações, minhas perguntas? É justamente num "deus".
O ser humano tem muitos deuses. Os sobrenaturais e os materiais, mas até hoje eu não vi nenhum deus material promover real felicidade quando se está só. Também não vi nada parecido com esse deus incitar o desejo de estar com alguém para simplesmente compartilhar sua vida, socializar-se, envolver-se com pessoas e finalmente adentrar ao espectro majestoso do sentimento maior que conhecemos e continuamos a aprender dele: o amor.
A conclusão é simples: ame-se ou ame. Ame-se e resolva-se na sua própria felicidade, a melhor que você poderá construir. Ame e deixe-se levar pelo intangível, pelo inimaginável, pela voz que clama em seu coração, a voz que você conhece desde o ventre até o leito de morte. A diferença entre ame-se e ame é uma só: esperança. Esperança de que você não se perderá no tempo e no espaço e que o que você é, o que você foi e será, de alguma forma continuará. Feliz é o homem que deposita sua fé naquilo que julga ser superior a ele. Chame-o do que quiser, pois seu nome não conhecemos. O chamamos de Deus, assim como alguém que possui uma posição de destaque.
Eu ouvi falar de um homem que conheceu o ser sobrenatural, que conheceu a Deus.
Foi Jesus, o nazareno, e ele tornou conhecido ao mundo a superioridade do Criador sobre sua criatura.
Tornou conhecido o amor na sua forma mais bonita. Tornou conhecido o perdão que limpa a alma e regenera o corpo. Tornou conhecido o caminho do coração que leva à felicidade, desfazendo o caminho de pedra que leva à sepultura eterna.
Constantemente mudamos de opinião como quem muda de roupa, basta que sejamos questionados e não tenhamos firme a fé naquilo que cremos. Sou prova disso. Coloquei tudo o que achava ser correto no fogo e de lá só restou, plenamente purificado, o grande amor que Jesus tem por mim, por você, por nós, e pelos que não creem nele, porque é absurdo sua morte de cruz para tornar possível que o amor não morra entre a humanidade. O que é ser feliz? Encontre sua resposta, encontre seu caminho.
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