Onde existe beleza
Antes existe pureza
Eis a soberania dessa certeza
Irradiada pela esplendida natureza
Incansavelmente o sol vem
Não se esconde de ninguém
Quando, pois, poderá dizer alguém
Que dessa dádiva não tem?
O homem não é dono da terra
Mas sim a terra o subjuga e não erra
Pois ele há de jazer nela sem dó
E retornará ao princípio do seu pó
Qual o sentido de afirmar que são meus
Ou de dizer que são seus
Os fatos e as coisas que o mundo creu
Pois sabemos que pertencem a Deus?
Aquilo que o coração deseja
É o pensamento que a razão ignora
Que o coração sempre esteja
No oposto da razão e viva o agora
O que o homem não compreende
Considera ser inconcebível
Então quando finalmente aprende
Delibera ser definitivamente factível
Nascemos com a intrínseca certeza
De que o amor de nossa mãe é grandeza
É o majestoso sacrifício de beleza
Que homem nenhum faz por natureza
Assim a vida prossegue
Recebendo o filho que lhe é entregue
Ainda que o homem negue
Sua busca interior ao Criador persegue
Muito bom!
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