sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Enquanto o Tempo Vem

Meu tempo de vida
É meu tempo de ida
É meu prazer na descida
Ou suplício na subida

Enquanto espero acontecer
Vejo a morte aparecer
E finjo não perceber
Que é a realidade do amanhecer

Os sonhos alimentam a caminhada
Do peregrino nos campos do nada
E nessa busca de querer a amada
Ignoro a sentença a mim imputada

Quero o sol brilhando na face
E a sombra amena em contraste
Quero o tudo e o nada que nasce
Da fonte de amor e paz que me é arte

O tempo é inicio e fim
Mas eu não queria ser assim
Finito sou, enfim
Para retornar àquele que fez a mim

Ó Criador dos céus e da terra
Tu que és supremo na atmosfera
Lembra-te de mim quando ainda era
Aquele menino que estavas à espera