segunda-feira, 27 de maio de 2013

Procurando Encontrar

No dia de hoje vou andar
Andar tranquilamente
Não sei onde vou chegar
Talvez atravesse o continente
Que existe nesse lugar
Aqui, bem na minha mente
E quando ela eu avistar
Vou fitar pacientemente
Esperando seu olhar encontrar
E que permaneça eternamente
Enquanto a vida perdurar

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Paixão


Tudo começa com um olhar. É como se fosse uma imagem projetada no subconsciente que, quando espelhada por outra compatível, toma vida dentro da mente e migra para o consciente. Quando isso acontece, uma nuvem espessa invade o cérebro e o sol que brilha passa a estar entre nuvens. Passo a ver as nuvens  mas sei que o sol continua  lá em cima de tudo. Isso não significa algo ruim. Pelo contrário, é algo novo e pode ser tomado como bom quando você quer isso, afinal, uma hora o vento soprará as nuvens para outra direção. Quando chego perto dela, fico tenso, resoluto num misto de emoções que geralmente não têm explicação racional. É aquela vontade de tocar, de abraçar, de beijar, de sentir a pele a pele, de sentir o cheiro característico dela. Muitas vezes o olhar diz muito do que paira no ar. Mas então é preciso sentir a vibração por meio do toque. O abraço é o principal mecanismo de ação para fazer o corpo borbulhar de sentimentos e hormônios que levarão esses felizes corpos a quererem se envolver mais e mais. Então as mãos se entrelaçam, os olhos se fecham, as bocas se abrem e se colam como ventosas e as línguas se enroscam como duas cobras num ato de amor. Sensações de arrepios, choques, ondas de calor e gotículas de suor aumentam a aderência entre nós. Os hormônios explodem numa bomba de adrenalina e dopamina. Isso traz um sentimento indescritível de prazer e satisfação que culminam no ato sobremaneira sublime e inevitável das carnes tornarem-se uma só. O final disso tudo você já sabe...
Então, amanhã ou depois, numa das esquinas da vida, o ciclo se repete. Eis uma das maravilhas da existência humana.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Coisas que quero e quero mas não posso ter

Eu quero um carro, quero uma casa
Mas também quero  barro, quero asa
Qual desses escolher?
Pois todos sei que não posso ter


A natureza da vida
Está na vida da natureza
Que se transforma sempre em beleza
E não pode ficar contida


Eu quero sempre ter
Mas não posso esquecer
Que primeiro preciso ser
Para depois aprender a viver


Também quero uma televisão
Para refugiar-me da escuridão
Que dela própria procede então
Quero mesmo é mansidão


Na verdade quero é compreender
O sentido do que é ter
Se é ver
Ou se é ser


Se é ver, não posso tocar
Se é ser, não posso ver
Decido pelo verbo amar
Para não me comprometer


Então a que conclusão chegar
Se não a de saber que preciso entrar
Na casa daquEle que me faz amar
Para enfim a paz alcançar?