Ter certeza nessa
vida pressupõe um patamar de conhecimento que extrapola a própria compreensão
da razão. Ter certeza, isto é, assertividade plena, irrevogável, irretratável,
pressupõe uma visibilidade de aspectos futuros que se constituem intangíveis.
Você pode afirmar com certeza absoluta que amanhã irá chover? Você tem certeza
que, se um pingo d'água cair de uma altura de 30 cm numa superfície plana e
outro pingo, de igual forma e condições normais de temperatura e pressão, cair
também, ambos irão formar a mesma figura esparramada na superfície?
Tenho certeza de que
você hesitou ao pensar sobre isso...hahaha.Mas então eu penso: há uma condição existencial que me diz que o amor existe, pois Deus existe e eu sinto esse amor. Opa! Mas como você pode afirmar com certeza que Deus existe? Pelo amor que você sente? Mas o que é isso que você diz ser amor? É a prova da existência de Deus? Do seu deus? Isso que você acha que sente é bom e é aplicável para o seu semelhante? Ora, se eu amo, isso é resultado da excelência do ato gerador da vida? E de quem é o ato ou o que é o ato gerador da vida? É a absoluta ausência de matéria e energia que, por algum motivo probabilístico, simplesmente veio a existir na primeira partícula e hoje estamos aqui sem saber como e por qual razão, ou é a magnificência divina, transcendente ao espaço-tempo que deliberou, num determinado estado de sua existência, se dividir, se doar, se recriar em estado de amor compreensível e aplicável à sua criatura, com a opção de querermos ou não aceitar essa condição de origem? Pelo que seu coração anseia? Pelo tudo ou pelo nada? Mas existe uma terceira via, você simplesmente não quer o tudo nem o nada. Decida!