terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Compreensão do Amor

O exercício do amor
Implica transitoriedade da dor
Sem que isso seja a favor
De uma vida com louvor.
Assim já dizia o ator
Da peça que interpreta com fulgor
Em meio ao clamor
Daquela que diz: se você for,
Não se esqueça de me pôr
No lugar daquela flor.
Não se preocupe amor,
Da terra sou agricultor
Das sementes que germinam no calor
Mas que, sem água, são vapor
Que sobem ao céu sem cor
E precipitam novamente com furor
Para regar a vida daquele ator
Que outrora fora doutor
E agora, não mais que dor,
Descobre que o impor
Não condiz com o amor.
E na melodia do cantor
Choramos o indolor...
É disso que sou portador?
Dessa doença com ar assustador,
Ou dessa dádiva do Criador?
Eis a pergunta do questionador.

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